sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fantasporto 2011: Sessão de Abertura

Findo o período pré-Fantas, decorreu hoje a sessão de abertura do Fantasporto que dá início à competição que decorrerá nos próximos dias. Beatriz Pacheco Pereira, directora do festival, fez o discurso de abertura como de costume e destacou alguns trunfos do festival deste ano, bem como homenageou alguns artistas plásticos e pintores que contribuem para as actividades paralelas que decorrem no terceiro piso do Rivoli, num ano em que o tema são as artes plásticas em colaboração com a Faculdade de Belas Artes do Porto. O restante discurso foi um pouco mais pequeno que o habitual, embora tenha se focado na temática habitual: os fracos apoios financeiros.

The Kinematograph (2010), de Tomasz Baginski (curta-metragem)

Antes do filme de abertura do festival, a curta-metragem The Kinematograph destacou-se. De uma qualidade de animação invejável, bastante fluída e com uma paleta de cores bastante bonita, o filme segue uma história sobre um inventor que se dedicou a aperfeiçoar o som e cor num filme, mas que acaba por ser sobretudo uma história de amor e perda. O filme polaco esteve entre os 10 candidatos ao Óscar de Melhor Curta-Metragem Animada em 2010.

The Resident (2011), de Antti Jokinen

As expectativas para este filme eram bastante reduzidas, apesar do bom elenco (Hilary Swank, Jeffrey Dean Morgan e Christopher Lee). Daí que se perceba a reacção relativamente positiva que tive perante o filme. The Resident começa com uma sequência de créditos iniciais genialmente bem construída e consegue criar uma interessante ambiência, sob o olhar atento e competente da câmara do estreante realizador finlandês Antti Jokinen. O seu passado como realizador de videoclips é evidenciado aqui em algumas cenas, evidenciando-o num contexto cliché e habitual no cinema norte-americano, mas ao mesmo tempo funcionando bem como fonte de entretenimento. Guillermo Navarro (El laberinto del fauno) assina mais um excelente trabalho na fotografia. Pena que tais características positivas não sejam suficientes para evitar que o filme caia em facilitismos e que a história seja mal aproveitada em bastantes momentos. Embora consiga criar um ambiente interessante - culpa do cenário, de alguns jogos de luz/sombra - nunca chega a criar muitos momentos de tensão no espectador. Jeffrey Dean Morgan, embora bom actor, não convence a 100% na personagem, Christopher Lee está subestimado e Hilary Swank em piloto automático. A sequência final do filme estraga grande parte de tudo o que conseguiu criar de bom, por alguns exageros de vários tipos.

Sem comentários:

Enviar um comentário