sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Novo poster e trailer de "Enemy", baseado em obra de José Saramago


Foi revelado o primeiro trailer de Enemy, filme de Denis Villeneuve (Prisoners), baseado no romance O Homem Duplicado, de José Saramago:


Enemy centra-se na história de um professor de História (Jake Gyllenhaal) que vive com a sua esposa (Mélanie Laurent) e que ao ver um filme, descobre possuir um sósia (no outro casal, a esposa é interpretada por Sarah Gadon).

O Homem Duplicado estreia em Portugal a 19 de Junho.

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Jesse Eisenberg será Lex Luthor em "Batman vs. Superman"


O Deadline revelou em primeira mão que o actor Jesse Eisenberg (The Social Network) foi o escolhido para interpretar o papel do icónico vilão Lex Luthor em Batman vs. Superman. Num comunicado da Warner Bros. ficam também confirmados os nomes de Jeremy Irons (The Borgias) como o mordomo Alfred e Gal Gadot (Fast & Furious) como Wonder Woman.

O filme será uma sequela de Man of Steel (2013), pelo que Henry Cavill tornará a interpretar o papel de Superman, ao lado dos actores Amy Adams, Laurence Fishburne e Diana Lane. O comunicado oficial continua a mencionar ainda o nome de Ben Affleck como Batman, apesar de recentemente a jornalista e membro da HFPA, Ana Maria Bahiana, ter iniciado o rumor (aparentemente por fontes ligadas à produção) que este em breve seria substituído por outro actor e que o estúdio teria sucumbido à pressão dos fãs.

Chris Terrio (Argo) encontra-se a finalizar o argumento a partir de um guião original de David S. Goyer. Batman vs. Superman será realizado por Zack Snyder e tem data de estreia prevista para 6 de Maio de 2016.

Luso-francês Rúben Alves nomeado a um prémio César 2014 por "La cage dorée"


O realizador luso-francês Ruben Alves foi nomeado a um prémio César 2014 na categoria de Melhor Primeiro Filme pela produção francesa La cage dorée e que conta com Rita Blanco, Joaquim de Almeida e Maria Vieira no elenco.


Nos prémios da Academia Francesa de Cinema, Les garçons et Guillaume, à table! conta com dez nomeações, enquanto que L'inconnu du lac e La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 receberam, cada um, oito nomeações. Mon âme par toi guérie, filme produzido pelo português Paulo Branco, recebeu ainda uma nomeação. Os vencedores serão conhecidos a 28 de Fevereiro.

Melhor Filme
9 mois ferme, de Albert Duponel
Les garçons et Guillaume, à table!, de Guillaume Gallienne
L'inconnu du lac, de Alain Guiraudie
Jimmy P., de Arnaud Desplechin
Le passé, de Asghar Farhadi
La Vénus à la fourrure, de Roman Polanski
La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2, de Abdellatif Kechiche

Melhor Primeiro Filme
La bataille de Solférino, de Justine Triet
La cage dorée, de Ruben Alves
En solitaire, de Christophe Offenstein
La fille du 14 juillet, de Antonin Peretjatko
Les garçons et Guillaume, à table!; de Guillaume Gallienne

Melhor Filme de Animação
Aya de Yopougon
Loulou l'Incroyable Secret
Ma maman est en Amérique, elle a rencontré Buffalo Bil

Melhor Filme Estrangeiro
The Broken Circle Breakdown (Bélgica)
Blancanieves (Espanha)
Blue Jasmine (EUA)
Dead Man Talking (Bélgica)
Django Unchained (EUA)
La grande bellezza (Itália)
Gravity (EUA)

Melhor Realizador
Albert Dupontel por 9 mois ferme
Guillaume Gallienne por Les garçons et Guillaume, à table!
Alain Guiraudie por L'inconnu du lac
Arnaud Desplechin por Jimmy P.
Asghar Farhadi por Le passé
Roman Polanski por La Vénus à la fourrure
Abdellatif Kechiche por La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2

Melhor Actriz
Fanny Ardant em Les beaux jours
Bérénice Béjo em Le passé
Catherine Deneuve em Elle s'en va
Sara Forestier em Suzanne
Sandrine Kiberlain em 9 mois ferme
Emmanuelle Seigner em La Vénus à la fourrure
Léa Seydoux em La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2

Melhor Actriz Secundária
Marisa Borini em Un château en Italie
Françoise Fabian em Les garçons et Guillaume, à table
Julie Gayet em Quai d'Orsay
Adèle Haenel em Suzanne
Géraldine Pailhas em Jeune et Jolie

Melhor Revelação Feminina
Lou de Laâge em Jappeloup
Pauline Etienne em La religieuse
Adèle Exarchopoulos em La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2
Golshifteh Farahani em The Patience Stone
Marine Vacht em Jeune et Jolie

Melhor Actor
Mathieu Amalric em La Vénus à la fourrure
Michel Bouquet em Renoir
Albert Dupontel em 9 mois ferme
Grégory Gadebois em Mon âme par toi guérie
Guillaume Gallienne em Les garçons et Guillaume, à table!
Fabrice Luchini em Alceste à bicyclette
Mads Mikkelsen em Michael Kohlhaas

Melhor Actor Secundário
Niels Arestrup em Quai d'Orsay
Patrick Chesnais em Les beaux jours
Patrick d'Assumçao em L'inconnu du lac
François Damiens em Suzanne
Olivier Gourmet em Grand Central

Melhor Revelação Masculina
Paul Bartel em Les petits princes
Pierre Deladonchamps em L'inconnu du lac
Paul Hamy em Suzanne
Vincent Macaigne em La fille du 14 juillet
Nemo Schiffman em Elle s'en va

Melhor Argumento Original
Mariette Désert e Katell Quillévéré por Suzanne
Albert Dupontel por 9 mois ferme
Asghar Farhadi por Le passé
Philippe Le Guay por Alceste à bicyclette
Alain Guiraudie por L'inconnu du lac

Melhor Argumento Adaptado
Antonin Baudry, Christophe Blain e Bertrand Tavernier por Quai d'Orsay
Arnaud Desplechin, Julie Peyr e Kent Jones por Jimmy P.
Guillaume Gallienne por Les garçons et Guillaume, à table!
David Ives e Roman Polanski por La Vénus à la fourrure
Abdellatif Kechiche e Ghalya Lacroix por La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2

Melhor Fotografia
The Young and Prodigious T.S. Spivet
L'inconnu du lac
Michael Kohlhaas
Renoir
La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2

Melhor Montagem
Les garçons et Guillaume, à table!
L'inconnu du lac
9 mois ferme
La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2
Le passé

Melhor Banda Sonora Original
Jorge Arriagada por Alceste à bicyclette
Loïk Dury e Christophe "Disco" Minck por Casse-tête chinois
Etienne Charry por L'écume des jours
Martin Wheeler por Michael Kohlhaas
Alexandre Desplat por La Vénus à la fourrure

Melhor Som
Les garçons et Guillaume, à table!
L'inconnu du lac
Michael Kohlhaas
La Vénus à la fourrure
La vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2

Melhor Guarda-Roupa
Les garçons et Guillaume, à table!
Renoir
Michael Kohlhaas
L'écume des jours
The Young and Prodigious T.S. Spivet

Melhor Direcção Artística
Michael Kohlhaas
Renoir
The Young and Prodigious T.S. Spivet
Les garçons et Guillaume, à table!
L'écume des jours

Melhor Documentário
Comment j'ai détesté les maths
Le dernier des injustes
Il était un forêt
La maison de la radio
Sur le chemin de l'école

Melhor Curta-Metragem
Avant que de tout perdre, de Xavier Legrand
Bambi, de Sebastien Lifshitz
La fugue, de Jean-Bernard Marlin
Les Lézards, de Vincent Mariette
Marseille la nuit, de Marien Monge

Melhor Curta de Animação
Lettres des Femmes, de Augusto Zanovello
Kiki of Montparnasse, de Amélie Harrault

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Posters e trailer de "A Million Ways to Die in the West"


Depois de Ted (2012), Seth MacFarlane regressa como realizador com A Million Ways to Die in the West, cujo primeiro trailer foi hoje revelado:


O filme segue a história de um fazendeiro cobarde (Seth MacFarlane) que pede a ajuda da mulher (Charlize Theron) de um pistoleiro para o ajudar a reconquistar a mulher que o abandonou. 




Ao elenco juntam-se nomes como Amanda Seyfried (Mamma Mia!), Liam Neeson (Taken), Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother), Giovanni Ribisi (Avatar) e Sarah Silverman.

Em Portugal, Mil e Uma Maneiras de Bater as Botas estreia a 12 de Junho.

Canal Cinemax renova "Banshee" para uma terceira temporada


O canal Cinemax anunciou a renovação da série Banshee para uma terceira temporada. Os dois primeiros episódios da segunda temporada exibidos até ao momento, registaram a média de 455 mil espectadores. A história foca-se em Lucas Hood, um ex-condenado que, em fuga, decide fazer-se passar por xerife numa cidade próxima de uma comunidade Amish.

A série produzida por Alan Ball deverá contar com dez episódios para a terceira temporada, a estrear em 2015.

"The Great Gatsby" é o mais premiado pela Academia Australiana de Cinema


O filme The Great Gatsby venceu treze prémios (em todas as categorias para as quais estava nomeado) da Academia Australiana de Cinema e Televisão (AACTA). Top of the Lake foi vencedor do prémio na categoria de Melhor Telefilme ou Minissérie, assim como em seis categorias técnicas.

Melhor Filme
The Great Gatsby

Melhor Realizador
Baz Luhrmann por The Great Gatsby

Melhor Actor
Leonardo DiCaprio em The Great Gatsby

Melhor Actriz
Rose Byrne em The Turning

Melhor Actor Secundário
Joel Edgerton em The Great Gatsby

Melhor Actriz Secundária
Elizabeth Debicki em The Great Gatsby

Melhor Argumento Original
Kim Mordaunt por The Rocket

Melhor Argumento Adaptado
Baz Luhrmann e Craig Pearce por The Great Gatsby

Melhor Fotografia
The Great Gatsby

Melhor Montagem
The Great Gatsby

Melhor Som
The Great Gatsby

Melhor Banda Sonora Original
Craig Armstrong por The Great Gatsby

Melhor Design de Produção
The Great Gatsby

Melhor Guarda-Roupa
The Great Gatsby

Melhor Curta
The Last Time I Saw Richard

Melhor Curta de Animação
A Cautionary Tail


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Canal SyFy renova "Haven" para uma quinta temporada alargada


O canal Syfy anunciou a renovação da série Haven para uma quinta temporada. A quarta temporada da série registou grande receptividade nas redes sociais (a maior de sempre), com a exibição na televisão a reunir a média de 2,3 milhões de espectadores. Ao contrário dos habituais treze, a quinta temporada será composta por vinte e seis episódios.

Os primeiros treze episódios de Haven estrearão na fall season de 2014, com os restantes a serem exibidos apenas em 2015. As filmagens da série começarão em Abril deste ano.

Ninfomaníaca: Volume 2, por Tiago Ramos


No final do primeiro volume, Joe grita "Não consigo sentir nada". E ao espectador apetece-lhe gritar também. É um facto. Não conseguimos sentir também. E se a Joe, a vida agora lhe negava o prazer (ou a sua fuga), também nós nos sentimos privados desse mesmo direito. Daí que se parte para o segundo volume com essa expectativa, a de sabermos se haveria algo para sentir ali, se havia algo mais para além da sua visível condição de cínico, se havia algo de facto para sentir. É quando nos apercebemos que afinal, Lars von Trier sempre esteve por ali e se pensámos de outra forma, se achámos que dentro daquele humor bizarro havia uma noção contrastante do habitual modelo do cineasta, foi porque este no induziu em erro. Manipulou-nos do início ao fim, levou-nos às origens da adição por sexo (Joe não é uma viciada em sexo, avisa-nos: é uma ninfomaníaca), aqui leva-nos ao lado negro e mais profundo do mesmo. Brincou connosco, criou inúmeras referências, metáforas mirabolantes por Seligman, para gozar com a nossa eventual sobre-análise, para nos divertir e nos deixar absolutamente desarmados. Fê-lo para depois nos esbofetear e pontapear, para nos revoltar (quem não se sentiu assim, quando este parece encenar o prólogo de Antichrist?), para nos esmagar e levar ao abismo junto com a sua protagonista. Fez-nos escarnecer a tolice masculina, para depois nos fazer regressar à misoginia do costume. Fez-nos sentir repulsa. Fez-nos sentir.

Provocador e cínico, leva-nos a observar a odisseia de uma mulher que é também a sua. Que revisita os seus temas, as suas condições e os seus propósitos. Charlotte Gainsbourg tem neste segundo volume o destaque para brilhar, para se entregar às nefastas vontades do seu realizador, para se subjugar (as cenas com Jamie Bell são de uma violência esmagadora - a interpretação é notável), para nos enganar também. Maliciosamente entrega-nos aos seus propósitos. Estarrecedora cena com Jean-Marc Barr. Revolta-nos, pontapeia-nos, manipula-nos. Aqui está. É Lars von Trier. Afinal sempre esteve aqui.

É por isso que o lado mais cruel da acção de Lars von Trier é visível no clímax da sua narrativa. A mulher que nunca vira redenção em si mesma, que se via como a personificação do pecado e do mal, sem qualquer hipótese de salvação, apercebe-se agora que talvez afinal haja - contra todas as improbabilidades estatísticas - a hipótese de se redimir. A nós enquanto espectadores, manipulados desde o primeiro volume a acreditar em alguma condescendência dentro do tom por si só irónico (quase divertido), pareceu-nos também que sim. Caímos na mesma armadilha de Joe, para voltarmos a ser manipulados como sempre o fomos por Lars. Não há salvação, não há hipótese. E deita-se por terra toda e qualquer teoria do um num milhão, citada por uma qualquer psicóloga de validade duvidosa. Porque não há redenção, só condenação. E a condição biológica permite-nos talvez só um fim. Somos manipulados, mas ao menos dentro do embuste, sentimos algo. E por mais imoral e abjecto que possa ser, esse é um sentimento tão válido como qualquer outro.


Classificação:

Academia desqualifica a canção "Alone Yet Not Alone", nomeada aos Óscares 2014


Quando a Academia anunciou as nomeações, entre algumas surpresas, houve uma que se destacou particularmente. A categoria de Melhor Canção Original incluía no rol de cinco nomeados, a canção "Alone Yet No Alone" do filme homónimo, que poucos tinham ouvido falar. Um dos representantes de uma canção rival que não foi nomeada fez uma denúncia sobre o incumprimento das regras da Academia, alegando que o filme não cumpriu os requisitos de publicidade (obrigatoriamente em nos media impressos) estabelecidos pela Academia no seu regulamento. Alegava ainda que o ramo musical da Academia tinha sido influenciada pelo facto da canção ter sido composta por Bruce Broughton, um ex-representante da Academia e actual membro do comité executivo do mesmo ramo. Até aí a Academia teria rejeitado essas acusações, confirmando a elegibilidade da canção e deixando-a permanecer na corrida.


Porém e num movimento, a Academia acabou por anunciar a desqualificação da canção. Segundo um comunicado, foi descoberto que Bruce Broughton enviou emails para os membros do comité, recordando-os da sua submissão à categoria, durante o período de votação. Esse tipo de comunicação directa é expressamente proibida pelas regras da Academia. Esta comenta ainda que apesar das «boas intenções», essa influência criou uma vantagem injusta. A Academia não anunciou qualquer substituto, pelo que a categoria de Melhor Canção Original permanece agora com quatro nomeados ("Happy", de Despicable Me 2; "Let It Go", de Frozen; "The Moon Song", de Her e "Ordinary Love", de Mandela: Long Walk To Freedom).

Como nota, foram raras as vezes que a Academia desqualificou um nomeado ao Óscar. Em 1953, aconteceu com Hondo, originalmente nomeado para Melhor Argumento, até se descobrir que não se tratava de um trabalho original. Já em 1956, um nomeado foi removido do boletim de voto, por se descobrir que a sua nomeação foi resultado de uma confusão: os argumentistas viram o seu nome considerado pelo seu trabalho na comédia High Society, quando eles tinham afinal trabalhado num filme diferente, mas com o mesmo nome. Em 1972, The Godfather perdeu a sua nomeação para Melhor Banda Sonora Original, quando foi determinado que possuía porções de uma banda sonora composta para outro filme, quatorze anos antes. Também em 1992, Un lugar en el mundo foi desclassificado como nomeado ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, quando se descobriu que o Uruguai tinha tido um papel menos activo na sua criação que a Argentina, outro dos países co-produtores.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Primeiro teaser trailer de "The Rover", com Guy Pearce e Robert Pattinson


Depois de surpreender com Animal Kingdom (2010) , o australiano David Michôd regressa com o filme The Rover:


Baseado numa ideia do realizador em conjunto com o actor Joel Edgerton, o filme ambienta-se num futuro devastado pela guerra, motivada pelo colapso financeiro. Na história seguimos um homem que deambula pelo deserto australiano para localizar o seu carro roubado e garantir a segurança de uma misteriosa carga. Guy Pearce (Memento) e Robert Pattinson (Cosmopolis) são os protagonistas.

The Rover tem estreia marcada para o Verão deste ano.

Trailer de "The Fault in Our Stars"


Foi hoje revelado o primeiro trailer de The Fault in Our Stars, adaptação cinematográfica do romance homónimo de John Green:



Editado em Portugal sob o título A Culpa é das Estrelas (Edições Asa), o livro centra-se em dois jovens adolescentes sobreviventes de cancro, Hazel e Augustus, que se conhecem num grupo de terapia e acabam por se apaixonar. Shailene Woodley (The Descendants) e Ansel Elgort (Divergent) são os protagonistas.

Realizado por Josh Boone (Stuck in Love), A Culpa é das Estrelas estreia em Portugal a 26 de Junho de 2014.

Leia também:

Estreias 30 Jan'14: Nymphomaniac Vol. 2, Saving Mr. Banks, Thérèse Desqueyroux, Jack Ryan: Shadow Recruit; I, Frankenstein e Legend of Kung Fu Rabbit

Dia 30 de Janeiro, pode contar com as seguintes estreias numa sala de cinema perto de si:

Destaques:

  Ninfomaníaca - Vol. 2 (Nymphomaniac: Volume 2)

Ano: 2013
Realização:
Argumento:
Género: Drama
Desde sempre que Joe se debate com um desejo sexual descontrolado e se vê a si própria como ninfomaníaca. Um dia, depois de um espancamento, é encontrada quase inconsciente por Seligman, um celibatário que decide levá-la para casa, onde cuida dos seus ferimentos. Seligman acaba então por se tornar o confidente improvável desta mulher que decide contar-lhe a sua vida. Assim, em oito capítulos, ela recua à infância e faz uma retrospectiva dos 50 anos da sua existência através de histórias onde a tragédia se mistura constantemente com desejo, sexo e jogos de poder. Segunda parte do drama erótico escrito e realizado pelo polémico Lars von Trier. Conta com a participação de Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Shia LaBeouf, Christian Slater, Uma Thurman e Willem Dafoe, entre outros.
Outras sugestões:

  Ao Encontro de Mr. Banks (Saving Mr. Banks)
Ano: 2013
Realização:
Argumento: ,
Género: Drama, Comédia, Biografia
Todos conhecem Mary Poppins, a simpática personagem com o mesmo nome que, com os seus encantamentos, agitou o quotidiano da família Banks, tornando-o verdadeiramente "supercalifragilisticexpialidocious". O que quase ninguém sabe é a extraordinária história que está por detrás da produção do filme. Aqui se conta como Walt Disney, numa tentativa de cumprir uma promessa feita às suas filhas, lutou durante duas décadas para conseguir os direitos de autor sobre a obra literária. Depois de muitas negociações e algumas dificuldades de entendimento com a escritora P. L. Travers, Disney conseguiu conquistar o seu coração e transformar aquela história numa comédia musical que viria a tornar-se um dos clássicos mais amados da história do cinema. Realizado em 1964 e tendo como protagonista a actriz Julie Andrews, o filme acabou por receber 13 nomeações da Academia de Hollywood e conquistar cinco Óscares nas categorias de melhor actriz, efeitos visuais, montagem, banda sonora original e canção original. Produzido pela Walt Disney Pictures, “Ao Encontro de Mr. Banks” conta com a realização de John Lee Hancock, segundo um argumento de Kelly Marcel e Sue Smith. No elenco, os actores Emma Thompson, Tom Hanks, Colin Farrell, Paul Giamatti, Jason Schwartzman e Bradley Whitford, entre outros.

Thérèse Desqueyroux (Thérèse Desqueyroux)
Ano: 2012
Realização:
Argumento: , Natalie Carter
Género: Drama
A viver numa cidade rural no Sul de França no princípio dos anos 1920, Thérèse Laroque (Audrey Tautou) é obrigada a um casamento de conveniência com Bernard Desqueyroux (Gilles Lellouche), estabelecendo assim uma nova aliança entre as duas famílias mais ricas da região. Frustrada e terrivelmente infeliz com o que lhe foi imposto, ela vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para se libertar desta união, mesmo que, para isso, tenha de lutar contra as mais rígidas convenções da sua época. Escrita e realizada por Claude Miller ("A Acompanhante"), esta foi a última obra do cineasta francês, que faleceu em Abril de 2012. A história dramática, contada na primeira pessoa, tem por base o romance homónimo escrito, em 1927, por François Mauriac. Esta história, já antes adaptada ao grande ecrã por George Franju, teve Emmanuelle Riva como protagonista (conhecida pelos seus papéis em "Hiroshima Meu Amor", de Alain Resnais; "Amor Proibido", de Jean-Pierre Melville; e, mais recentemente, o multipremiado "Amor" de Michael Haneke).

Jack Ryan: Agente Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit)
Ano: 2014
Realização:
Argumento: Adam Cozad, David Koepp
Género: Drama, Thriller
Ex-oficial da Marinha norte-americana, Jack Ryan tornou-se um exímio corretor da bolsa de Wall Street. Devido às capacidades fora do comum em detectar casos de corrupção, é recrutado por Thomas Harper, agente da CIA, para ser seu consultor financeiro num caso de terrorismo económico. Durante o período que passa a dedicar-se a esta missão, Jack acaba por descobrir uma conspiração em larga escala, que visa desvalorizar a moeda americana e, consequentemente, destruir o sistema económico mundial. A braços com uma missão quase impossível, ele terá de partir para Moscovo e encontrar o responsável: Viktor Cherevin, um bilionário russo conhecido pelos seus golpes financeiros à escala mundial. Com Chris Pine, Kevin Costner e Keira Knightley como protagonistas, um “thriller” de acção realizado pelo inglês Kenneth Branagh (que também participa como actor no papel de Viktor Cherevin), que adapta a célebre personagem criada por Tom Clancy, protagonista de vários dos seus romances.

Eu, Frankenstein (I, Frankenstein)
Ano: 2014
Realização:
Argumento: , Kevin Grevioux
Género: Acção, Ficção-Científica
Victor Frankenstein, médico do séc. XIX, vive obcecado pela ideia da génese da vida e da capacidade de ressuscitar os mortos. As suas experiências científicas levam-no a criar um ser feito a partir de fragmentos de cadáveres humanos. Quase dois séculos passados, essa criatura solitária e menosprezada por todos continua à deriva, numa busca constante pelo seu lugar no mundo. Quando descobre que vários outros seres monstruosos se preparam para extinguir a raça humana, ele vê-se a braços com algo com que nunca esperaria: a defesa daqueles que sempre o quiseram destruir. Com o clássico de terror de Mary Shelley como pano de fundo, um filme de acção e aventura realizado por Stuart Beattie (conhecido argumentista de “Halo”, “Austrália” ou a saga “Piratas das Caraibas”), que se inspira na novela gráfica de Kevin Grevioux. No elenco, Aaron Eckhart, Bill Nighy, Miranda Otto e Yvonne Strahovski, entre outros.

Coelho Kung Fu (Tu Xia Chuan Qi)
Ano: 2011
Realização:
Argumento: Jingzhi Zou
Género: Animação
Fu é um coelho afável e bondoso que leva uma vida simples e tranquila como cozinheiro, numa pequena aldeia chinesa. Certo dia é abordado pelo mais importante mestre de kung fu de todo o império que, traído por um dos seus discípulos, se encontra gravemente ferido. Antes de morrer, o mestre pede a Fu vá até à Cidade Imperial, encontre Peony, a sua filha, e lhe devolva uma tábua mágica. Cheio de boas intenções, Fu jura cumprir o prometido, não imaginando o quanto isso ir mudar a sua vida para sempre… Co-produzido pela China e os EUA, e direccionado para os espectadores mais pequenos, um filme de animação e aventura que conta com a realização de Sun Lijun.
Sinopses: Cinecartaz Público

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ninfomaníaca: Volume 1, por Tiago Ramos


Título original: Nymphomaniac: Volume 1 (2013)
O nome de Lars von Trier tornou-se aparentemente quase indissociável da palavra marketing, não só por culpa do próprio, mas também por conta da máquina promocional que se aproveita do seu próprio potencial polémico. Daí não vem mal maior, por si só, mas permite avaliar um dos motivos para muita da incapacidade de apreciar o produto isolado do seu autor. Isto para dizer que Nymphomaniac, desde o seu processo de pré-produção, esteve sempre rodeado desse burburinho que parece ser cada vez mais atreito, directa ou indirectamente, ao realizador dinamarquês. Uma dessas decisões que advêm do marketing correspondeu à divisão do filme em duas partes e por isso sim, de sumária importância analisar. Isto porque logo no início, ainda a tela está a preto - e assim continua por alguns minutos - é-nos anunciado que essa mesma divisão foi feita com autorização do realizador, mas alheia de certo modo à sua vontade. "Sem o seu envolvimento", como que a avisar-nos que aquilo que estamos prestes a ver, não era necessariamente aquilo que o seu autor queria que víssemos. Daí que se torna difícil avaliar esta primeira metade por si só - atendendo ao facto de ser isso mesmo, uma metade de um filme, para além da óbvia questão moralista da censura.

Na verdade, o filme é propenso a menos polémica do que a sua própria campanha de bastidores sugere, já que apesar de ter o sexo como óbvio e claro tema transversal, parece mais inclinado a ser um interessante estudo filosófico e psicológico acerca das motivações humanas. E esse estudo é o que faz do filme, simultaneamente, o mais e o menos interessante. Porque teoricamente e na sua ambição, Nymphomaniac tinha de facto tudo para resultar, tendo como principal recurso a vontade de criar uma espécie de charada com o espectador. Essa charada, repleta de metáforas (é o filme ele mesmo, uma delas?), que faz inteligentes (?) associações entre o sexo e a pesca, entre o sexo e a sequência de Fibonacci ou entre o sexo e a música de Bach. É um jogo válido, uma brincadeira interessante e altamente teórica, que embora merecedoras de atenção individualmente (nem que seja por uma mera e simpática curiosidade), acabam por perder a sua força em todo o conjunto. O exagerado didactismo das intervenções e que teimam em explicar em demasia o significado por detrás das metáforas tornam todo este primeiro volume uma amálgama de conceitos, uma enciclopédia visual, que se torna demasiado bizarro em alguns momentos. A insistência nessa estrutura de capítulos propicia ainda mais o sentido dessa intenção (ou casualidade?), que faz permanecer a dúvida se estamos perante algo forçado, genial ou genialmente forçado. É a mística de Lars von Trier em acção que, dentro e fora da tela, permite esse jogo de aparências, fazendo voltar a à apreciação inicial: é o filme indissociável do seu autor?

Ainda assim há que admitir que este Ninfomaníaca: Volume 1 permite-se a momentos divertidos e curiosos, dotados dessas invulgar manipulação do espectador, fazendo-nos sentir constrangidos (mas nunca chocados) não necessariamente pelo que estamos a ver, mas pela forma como o tema nos é apresentado. E estamos rodeados de momentos (in)voluntariamente divertidos, com destaque para o clube das jovens, com a máxima "Mea vulva maxima vulva" ou a brilhante sequência protagonizada por Uma Thurman, genial na intenção passivo-agressiva do seu autor. Nota ainda para a brilhante Stacy Martin, uma revelação na forma ambígua como se passeia entre a sua ingenuidade e a sua intensa sexualidade.

Até agora e ironicamente, o primeiro volume de Ninfomaníaca é divisivo na apreciação, não sabemos ainda se por conta do objecto ou da sua estrutura forçosamente bipartida. Mas na realidade, de chocante, apenas a inocuidade do produto. Espera-se pelo segundo volume.


Classificação:

Vencedores do passatempo "Ninfomaníaca - Vol. 2"


Os vencedores do convite duplo para as antestreias de Ninfomaníaca - Volume 2 são:

Dia 29 de Janeiro (Quarta-feira) - Lisboa | Cinema Medeia Monumental, às 21h45
Ana Cristina Barros Duarte
Carlos António Araújo Rodrigues
Celeste Maria da Silva Bento
Mariene Sako Livramento Sebastião
Orlando Oliveira Gomes Couto
Paulo Alexandre Rocha Teles
Ricardo Jorge Mendes Mendo
Saul Marques Gomes
Telmo Rafael Pombal Domingues
Zilindo Seca Bragança Gomes

Dia 29 de Janeiro (Quarta-feira) - Porto | Teatro do Campo Alegre, às 22h
Ana Cláudia Moreira dos Santos
José Artur Rodrigues Moreira
José Mário Alves Rolindo
Mário Rui Domingues Ferreira da Cruz
Nuno Tiago Barros Silva

Parabéns aos vencedores!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

CCOP elege "Short Term 12" como o melhor filme de Dezembro de 2013


Ainda antes de apresentar os seus prémios anuais, o Círculo de Críticos Online Portugueses elegeu Short Term 12 como o melhor filme estreado em Portugal durante o passado mês de Dezembro. O filme recebeu a nota média de 8,75, ocupando o segundo lugar do ano (antes da repescagem final), abaixo de Before Midnight.

O brasileiro O Som ao Redor ocupou a segunda posição do mês e a quinta do ano, com a nota média de 8,50; enquanto que Inside Llewyn Davis finaliza o pódio recebendo nota de 8,45. O remake Oldboy, por Spike Lee, foi considerado o pior filme do mês, com a nota de 5,33 em 10.

A lista completa pode ser consultada no blogue oficial do grupo.

Novo trailer de "The Zero Theorem", de Terry Gilliam


Foi revelado um novo trailer de The Zero Theorem, do realizador Terry Gilliam (Brazil):



O filme passa-se numa sociedade corporativa, onde "homens-câmara" vigiam a humanidade para uma figura sombria conhecida como Management (Matt Damon). Na história seguiremos Qohen Leth (Christoph Waltz), um génio da computação atormentado por questões existenciais. Ao elenco juntam-se ainda Tilda Swinton (We Need To Talk About Kevin), Ben Whishaw (The Hour) e Mélanie Thierry (Babylon A.D.), entre outros.

The Zero Theorem não tem data de estreia prevista para Portugal.

Leia também:

"The Hunt" recebe seis prémios da Academia Dinamarquesa de Cinema


Academia Dinamarquesa de Cinema entregou seis prémios Robert ao filme  The Hunt (que tinha recebido quatorze nomeações). Sex, Drugs & Taxation venceu em quatro categorias, enquanto que Only God Forgives foi premiado em três.

Melhor Filme
The Hunt

Melhor Filme Infanto-Juvenil
Antboy

Melhor Realizador
Thomas Vinterberg por The Hunt

Melhor Argumento Original
Thomas Vinterberg e Tobias Lindholm por The Hunt

Melhor Actor
Mads Mikkelsen em The Hunt

Melhor Actriz
Helle Fagralid em Sorrow and Joy

Melhor Actor Secundário
Nicolas Bro em Sex, Drugs & Taxation

Melhor Actriz Secundária
Susse Wold em The Hunt

Melhor Direcção Artística
Sex, Drugs & Taxation

Melhor Fotografia
Only God Forgives

Melhor Guarda-Roupa
Sex, Drugs & Taxation

Melhor Maquilhagem
Sex, Drugs & Taxation

Melhor Montagem
The Hunt

Melhor Design de Som
Only God Forgives

Melhor Banda Sonora
Only God Forgives

Melhores Efeitos Visuais
Antboy

Melhor Filme Norte-Americano
Gravity

Melhor Filme Não-Americano

Novo teaser trailer de "Maleficent", ao som de Lana del Rey


Ontem durante os Grammy foi divulgado um teaser trailer de Maleficent, acompanhado de uma versão de Once Upon a Dream (original de The Sleeping Beauty), interpretada por Lana del Rey (e disponível para download gratuito no Google Play):


Angelina Jolie (Salt) será Maléfica no filme que observa os conhecidos eventos de A Bela Adormecida pela sua perspectiva e revela o que a tornou tão malvada e o que a motivou a amaldiçoar a Princesa Aurora (Elle Fanning). Sharlto Copley (District 9), Juno Temple (Atonement), Imelda Staunton (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1), Lesley Manville (Another Year), Kenneth Cranham (Valkyrie), Miranda Richardson (Damage), Sam Riley (Control) e India Eisley (The Secret Life of the American Teenager) e outros, juntam-se ao elenco.

"Skyfall" vence dois prémios Grammy 2014


Apesar das três nomeações de The Great Gatsby, foi Skyfall que levou dois prémios Grammy para casa. Entre as dezenas de categorias, três delas focam-se no melhor da música feita para cinema e televisão (visual media). 

Melhor Compilação
Sound City: Real To Reel (Dave Grohl & vários artistas)

Melhor Banda Sonora
Skyfall (Thomas Newman)

Melhor Canção
Skyfall (Adele) de Skyfall


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domingo, 26 de janeiro de 2014

Obituário: Riz Ortolani

25 de Março de 1926 - 23 de Janeiro de 2014

Faleceu, aos 87 anos, o compositor italiano Riz Ortolani, vítima de complicações derivadas de uma bronquite. Com vinte anos começou a trabalhar para a Rai como arranjador de orquestras de rádio e trabalhou para o cinema pela primeira vez em Mondo cane (1962), com a música More a valer-lhe uma nomeação ao Óscar 1964 de Melhor Canção Original. Trabalhou ainda em filmes como Il Sorpasso (1962), de Dino Risi ou Woman Times Seven (1967), de Vittorio De Sica. Recebeu uma segunda nomeação ao Óscar de Melhor Canção Original por Till Love Touches Your Life do filme Madron (1970); o trabalho foi também nomeado aos Globos de Ouro. Aliás, os prémios da HFPA valeram-lhe ainda uma vitória por Forget Domani, do filme The Yellow Rolls-Royce (1964). Nesse mesmo ano, esteve nomeado pela Banda Sonora Original do filme e em 1969 esteve nomeado pela canção homónima do filme Buona Sera, Mrs. Campbell (1968). Temas como I Giorni dell'ira integraram bandas sonoras de alguns filmes de Quentin Tarantinto como Kill Bill: Vol. 1 (2003), Kill Bill: Vol. 2 (2004) e Django Unchained (2012).