quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fantasporto 2013: Os destaques (III)


Continuamos a apresentar os destaques da programação do Fantasporto 2013 de forma a ajudar o leitor a decidir que filmes não pode perder. Pode ainda aproveitar e (re)ver a primeira e a segunda parte do artigo de sugestões. O festival portuense começa já no próximo dia 25 de Fevereiro e termina a 10 de Março.

Pietà (2012), de Ki-duk Kim
Vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza 2013, o filme marca o grande regresso do cineasta sul-coreano, poucos anos depois de ter regressado do seu exílio auto-imposto. Narrativa clássica de vingança que parte da ideia do amor incondicional de uma mãe, através do simbolismo da escultura Pieta, de Michelangelo. No filme, um agiota é forçado a reconsiderar o seu estilo de vida violento após a chegada de uma mulher misteriosa que alega ser a sua mãe, há muito desaparecida. O realizador já foi premiado três vezes no festival.


Regresso do cineasta grego Vasilis Mazomenos, presença assídua no Fantasporto e já vencedor do Prémio Especial do Júri com Money, A Mythology of Darkness (1998) e alvo de uma retrospectiva e consequente atribuição do prémio Carreira em 2001. O filme centra-se no tema da emigração, através da história de Ali, um muçulmano afegão, que vive em Atenas e que procura aceder ao sonho ocidental.

Adaptação da peça de teatro homónima, centrada na história da mulher de um juiz britânico que se vê envolvida numa relação auto-destrutiva com um piloto da Força Aérea. A actriz Rachel Weisz traz-nos uma das melhores interpretações do ano, num papel que lhe valeu uma nomeação ao Globo de Ouro 2013 de Melhor Actriz.

Da Hungria chega-nos um thriller político centrado no líder comunista húngaro János Kádar e na sua chegada ao poder como primeiro-ministro da Hungria, em 1957. Nessa altura, uma das suas ordens imediatas foi que a lealdade dos agentes de segurança nacional fosse testada com novas e rigorosas directivas.

Thriller de terror britânico cuja história se ambienta na chamada "seasoning house", um local onde jovens raparigas são obrigadas a prostituir-se para os militares. Uma jovem orfã, surda-muda, é escravizada de forma a poder tomar conta delas, mas acaba por planear a sua fuga através de uma engenhosa e brutal vingança.

Vencedor do Queer Lion Award no Festival de Veneza 2012, o filme conta a história de um corcunda, trabalhador numa casa mortuária, que fantasia acerca das vidas dos corpos que recebe e o conflito entre a sua mãe adoptiva e o seu meio-irmão transexual.

Presença assídua no festival (recebeu inclusive o prémio Carreira o ano passado), o russo Karen Shakhnazarov regressa para apresentar White Tiger, candidato oficial da Rússia ao Óscar 2013 de Melhor Filme Estrangeiro. Considerado o melhor filme russo de 2012, pela Academia Russa de Artes e Ciências Cinematográficas, a narrativa situa-se no início dos anos 40, durante a Grande Guerra Patriótica (nome pelo qual ficou conhecida a Segunda Guerra Mundial para os povos da União Soviética). No filme, o sargento do Exército Vermelho, Ivan Naydenov, torna-se obcecado pela destruição do "White Tiger", considerado um indestrutível tanque de guerra Nazi.

A Beautiful Mistake (2010), de Lu Hui Zhon
Antestreia mundial no Festival de Busan 2010, na Coreia do Sul, o filme tem como catalisadores da história o desejo de um homem idoso em sentir o ímpeto da vida outra vez e o desejo de um pequeno rapaz em ver um filme. A história situa-se numa pequena cidade chinesa, nos anos 70. O filme é herdeiro dos chamados micro-filmes na indústria chinesa, de orçamento reduzido e filmados num curto espaço de tempo.

[Continua...]

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